Um ano depois do início das aplicações no Município, Prefeitura dá a largada para vacinação infantil

Crianças começam a ser imunizadas contra a Covid-19 em Pelotas

Um ano depois do início das aplicações no Município, Prefeitura dá a largada para vacinação infantil
Por César Soares 19-01-2022 | 18:05:07
Tags: começo, vacinação crianças, 5 a 11 anos, um ano de vacinação, 19 de janeiro

Exatamente um ano depois do início da vacinação contra a Covid-19 em Pelotas, a Prefeitura começou a tão aguardada imunização das crianças entre 5 e 11 anos. Nesta quarta-feira (19), o início da proteção desta faixa etária ocorreu na Unidade de Vacinação Infantil, montada na Unidade Básica de Atendimento Imediato (Ubai) Navegantes. A prefeita Paula Mascarenhas acompanhou os trabalhos das equipes e se emocionou ao relembrar o começo de todo o processo. 

Prefeita acompanhou o primeiro dia de vacinação das crianças. Foto: Gustavo Vara.
"Exatamente há um ano nós iniciamos a vacinação em Pelotas. Aquele dia foi extremamente emocionante para todos nós. Lembro bem de junto com o Idemar [vice-prefeito] carregar aquelas vacinas que eram a esperança chegando. Hoje, novamente emocionada, estou aqui na Ubai Navegantes acompanhando as primeiras crianças que estão sendo imunizadas um ano depois. É muito bonito ver isso, ver o alívio dos pais com os filhos sendo protegidos e nós vencendo, aos poucos, essa pandemia que tantas perdas e sofrimento trouxe pra todos nós", destacou Paula, reforçando ainda o pedido para que os pais não deixem de seguir o que a ciência tem dito: que a vacinação é fundamental para todas as idades.

As primeiras crianças imunizadas

O primeiro a receber a vacina em Pelotas foi Tiago Linhares, de nove anos. Acompanhado dos pais, ele estava ansioso pelo momento e certo da importância da vacina. "Eu esperei muito e essa vacina é muito importante porque é o único meio da gente se proteger da Covid. É muito bom que tenham liberado para as crianças", disse o menino.

Tiago Linhares com os pais. Fotos: Rodrigo Chagas.

Convicto e bastante agradecido pelo momento também estava o pai de Tiago, o médico Rogério Linhares. "É uma emoção muito grande poder vacinar o meu filho, pois ele tem problemas cardíacos. Nesses dois anos ele não frequentou a escola, então essa é a oportunidade de poder voltar a ter um convívio social, ver os amigos, isso é importantíssimo para as crianças", detalhou Linhares.

Rafael foi o segundo a ser imunizado. Foto: Rodrigo Chagas.

Logo em seguida foi a vez de Rafael de Quadros, também de nove anos, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele não escondeu a sinceridade no relato. "Doeu um pouquinho, mas a minha mãe sempre diz que é muito importante fazer a vacina pra gente se proteger", afirmou. Para a mãe dele, a professora Suelen Martins Vasconcelos, é um momento repleto de muita expectativa. "Existe o receio porque foram dois anos passando boa parte do tempo em casa, mas existe a expectativa com a vacina de que ele possa sair, interagir mais, ir para escola, pra terapia. Não só para ele, mas para os demais alunos também, a gente quer voltar com a segurança de trabalhar com os alunos vacinados", afirmou.

Descontração e brincadeiras com personagens lúdicos. Fotos: Rodrigo Chagas

Além do espaço colorido e decorado para receber os pequenos, durante a manhã de vacinação cinco personagens do grupo Tholl e também o personagem Viginaldo brincaram e interagiram com as crianças.

Um ano de vacinação em Pelotas

Um ano depois do início da vacinação em Pelotas, os primeiros imunizados relembram aquele dia e reforçam a esperança na ciência. A farmacêutica Ândria Costa, que atua na UPA Areal, disse que aquele dia foi especial por trazer muita confiança para seguir o trabalho que vinha desempenhando em meio a pandemia. "Quando recebi a notícia fiquei surpresa e muito feliz. A nossa coordenadora disse que não havia nenhum representante da UPA entre os primeiros a receber a vacina e me deu a notícia", contou Ândria. Hoje, com as três doses, ela reforça a importância de todos completarem o esquema vacinal e agradeceu aos inúmeros colegas que se dedicaram e seguem se dedicando nesse processo de vacinação.  

Para a secretária de Saúde, Roberta Paganini, o dia 19 de janeiro marca um novo momento na história da cidade. "Foi um dia inesquecível, de uma emoção indescritível, porque passou um filme na nossa cabeça de tudo o que fizemos para enfrentar o coronavírus, garantindo a assistência que a população precisava. Tudo com muitas incertezas e inseguranças e o dia do início da vacinação, nos deu esperança porque a partir daquela data passamos a ter segurança", relembrou Roberta.

Momento histórico dos primeiros vacinados em Pelotas, há um ano. Fotos: Gustavo Vara.

Outro profissional a viver a emoção daquele dia foi o técnico em Enfermagem do Hospital Escola Evandro Carlos Pereira, de 45 anos, que atuou desde o começo na UTI Covid do hospital. "Ser escolhido como um dos primeiros a receber a vacina significou a esperança de dias melhores, o início do fim de uma pandemia. Presenciei muito sofrimento, pessoas com muita falta de ar, pedirem ajuda, serem entubadas e ficarem isoladas da família. Ver tudo isso, e assim que surge uma esperança de que poderia mudar com a chegada da vacina, foi muito gratificante, renovou as energias para trabalhar mais", descreveu Pereira, reiterando que a vacina é a esperança de dias “normais” e salva vidas. 

Desafios, avanços e cooperação

 Depois do histórico 19 de janeiro, vieram intensos 365 dias de muitos desafios até que a vacina estivesse no braço da maioria dos pelotenses. Foram 147 drives-thrus em 2021 um processo que agilizou as aplicações. Pelotas sempre esteve entre as cidades que mais vacinaram entre os maiores municípios. Em dezembro, a cobertura vacinal foi ampliada com a instalação do Trailer da Vacina, unidade móvel que passou a percorrer os bairros.

Os gestores da Secretaria Municipal da Saúde ressaltam que a agilidade no processo de imunização, foi garantida por toda a força-tarefa montada que contou, e ainda conta, atualmente, com o apoio dos voluntários das universidades locais e escolas técnicas, além do Exército, das secretarias de Transporte e Trânsito e de Segurança Pública, e de diversos profissionais, associações e instituições que ajudaram a definir as estratégias.

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