Imóveis foram construídos em terrenos onde famílias viviam em situação precária

Moradores do Getúlio Vargas recebem novas casas

Imóveis foram construídos em terrenos onde famílias viviam em situação precária
Por Alessandra Meirelles – MTb/RS 10052 26-07-2025 | 07:23:48
Tags: getúlio vargas, casas, habitação, moradia, chaves

O prefeito Fernando Marroni, e o governador Eduardo Leite, fizeram a entrega de 31 casas no bairro Getúlio Vargas, na tarde desta sexta-feira (25). A ação faz parte de um projeto de 135 casas que estão sendo construídas no bairro, em terrenos em que existem moradias em situação precária. Cada imóvel tem 42,8m², com dois quartos, banheiro, sala, cozinha e área de serviço. Os imóveis foram entregues com piso cerâmico, louças e metais nas cozinhas e banheiros, tanque, lâmpadas de led e energia elétrica ligada. A previsão da empresa contratada, Michelon Construtora e Incorporadora, é de concluir as obras dos imóveis restantes até o primeiro semestre de 2026.

A seleção das famílias beneficiadas foi feita pela busca ativa da equipe técnica da Secretaria – assistentes sociais, arquitetos e engenheiros – e as casas foram construídas com recursos do Governo do Estado. A prioridade é para famílias que vivam em casas em situação precária, onde tenha crianças, idosos ou pessoas com deficiência.

O prefeito Fernando Marroni afirmou que “a moradia é a base para o desenvolvimento da família, para a realização pessoal, para o bem viver” e que “só podemos viver debaixo de um teto”. Ele agradeceu ao governador pela iniciativa, “em nome de todos os cidadãos da nossa cidade, em nome de todos os moradores que vão receber a chave hoje, agradecer muito e dizer que nós precisamos muito dessas iniciativas governamentais, junto com o Governo do Estado, com o Governo Federal, porque o déficit habitacional na nossa cidade passa de 10 mil moradias. Então é um desafio grande que nós podemos vencer se estivermos trabalhando junto com o Governo do Estado, o Governo Federal, e produzindo habitações”, afirmou. A secretária da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), Marta Rosa, afirma que o programa A Casa é Sua, que viabilizou a construção das casas que estavam sendo entregues, “é um dos programas que eu considero mais importantes, porque possibilita que se construa uma moradia digna no lugar onde as pessoas já moram, sem a necessidade de retirar as pessoas do lugar onde elas já estão, onde elas têm os vínculos com a vizinhança, vínculos culturais, e usufruem dos equipamentos públicos e de toda a infraestrutura que tem nesse lugar”, avaliou. Após a entrega das casas, assistentes sociais da Secretaria seguem acompanhando as famílias para a adaptação à nova moradia e possíveis capacitações para a geração de trabalho e renda.

Fotos: Volmer Perez

Os imóveis são, preferencialmente, registrados pelas mulheres, e as novas moradoras compareceram à cerimônia para buscar as chaves dos seus novos lares. Elisandra Lessa é uma das beneficiadas pelo programa. Ela cresceu no Getúlio Vargas, tem quatro filhos, e os dois menores, de dois e quatro anos, vivem com ela e o marido. A família mora em uma peça de madeira com uma cama de casal, uma pequena cama improvisada, e um sofá. Separada por uma divisória está a cozinha, sem água encanada. Os “bicos” do marido garantem o orçamento dos quatro, e Elisandra cuida das crianças. A nova casa, de alvenaria, foi construída ao lado do chalé, de madeira. Sobre a diferença entre as casas, ela diz que, o espaço será maior para as crianças, que gostam de correr, e que vai oferecer mais conforto para os pequenos. Ela não reclama do “chalé” em que vivem, diz que “é pequenininho, mas aconchegante”, mas em seguida mostra alguns problemas. Diz que na casa nova não vai mais precisar se preocupar quando chover, pois o último temporal balançou a casa e isso se tornou um motivo de insegurança para a família. Quando sentiu a estrutura estremecer, “eu pensei, bah, e agora, meu senhor? Me agarrei com Deus”. O chalé não tem banheiro; as paredes tem frestas, e para reduzir o vento e o frio, ela revestiu a parte interna com cobertores; e se apressa a alertar os visitantes que precisavam cuidar onde pisam, devido aos buracos no piso. “Aqui no chalé, o meu banheiro é um balde, a gente faz as coisinhas ali e despeja no valetão, nos fundos, e agora com o banheiro, o chuveiro, um vaso direitinho ali, não precisa levar pra fora”. O banho também era diferente. “Era no balde também. A gente enchia um balde, esquentava uma água e ali a gente tomava o nosso banho. E agora vai ser bem diferente. Bem melhor”, garante Elisandra.

Fotos: Volmer Perez

Outra beneficiada, Fabiane Silveira Ramírez, é mãe de dois meninos de dez e 15 anos, e está grávida de gêmeas. A família, que depende do Bolsa Família, mora em uma casa alugada e o valor do aluguel faz falta para outras despesas. A mãe de Fabiane seria a beneficiária do novo imóvel, mas faleceu há alguns meses, antes da entrega das chaves. As duas outras irmãs decidiram ceder a ela o imóvel, pois era a única das filhas de Marlene sem casa própria. Se a casa mudará a vida dela? “Com certeza. Porque eu pago, bem dizer, R$ 500 de aluguel”. Além de não precisar mais pagar aluguel, o que "já me ajuda bastante", existe algo que complementa a felicidade: "ainda mais que é a casa da minha mãe, né? É a herança da minha mãe, uma alegria imensa mesmo", conclui a gestante, que diz que só vai precisar juntar algum dinheiro para poder contratar um caminhão para levar a mudança para a casa nova. 

Fotos: Volmer Perez

Outras duas mulheres que sorriam muito durante a cerimônia eram Roselaine Garcia Pereira e Márcia Renata Dias Porto, mas por razões diferentes. Roselaine estava inscrita para receber uma das casas que ainda estão em construção, mas por não haver espaço suficiente para construir a nova casa sem remover a antiga, ela precisou mudar com o filho de 11 anos e o neto de cinco. Pela distância da casa temporária, foi difícil levar as crianças para a escola, e ela compartilhou o problema com a equipe da SHRF. Há pouco mais de um mês uma das pessoas beneficiadas pelo programa desistiu do imóvel, que foi redirecionado à Roselaine, e as crianças poderão voltar para a escola na próxima segunda-feira (28). Márcia tinha outras razões para sorrir, ela casou pela manhã, com Marcos Antônio Castro Porto, e à tarde foram buscar as chaves da nova casa. Um dia que estará na biografia do casal.

Fotos: Volmer Perez

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