
Município comemora premiação de técnica para silagem do colostro
Mais um destaque, desta vez na área da tecnologia no setor primário, projeta Pelotas como município criativo e inovador. Voltada à pecuária, a iniciativa da silagem do colostro, de autoria da extensionista da Emater, Mara Helena Saalfeld, garante o prêmio “Especial 20 Anos Tecnologia Social”, conferido pela Fundação Banco do Brasil. O Município comemora o destaque da profissional, parabeniza a empresa e agradece por todos os produtores que já estão se beneficiando ou virão a se beneficiar do método.

Extensionista alimenta terneiro com colostro - Foto: Divulgação
Pelotas, principalmente nos últimos anos, tem fortalecido parcerias com a Emater, ratificando, a cada acordo selado, participações que se complementam para apoio, incentivo, infraestrutura e extensão às atividades rurais, entre elas a pecuária.
“A atividade leiteira é uma das mais importantes em Pelotas. O Escritório da Emater a prioriza na extensão nessa área. O colostro, além da condição de alimento natural, representa lucro ao produtor. A substituição do leite gera economia. São 300 litros de leite, em dois meses, que o pecuarista deixa de vender para alimentar os terneiros. Isso soma R$ 600,00”, afirma a profissional premiada.
A tecnologia de silagem do colostro foi a única técnica apresentada pelo Rio Grande do Sul, recebendo o reconhecimento da edição “Especial 20 anos” do prêmio da Fundação BB. O uso do colostro como alimento está em evidência no mundo todo. No Brasil, até março de 2017, o consumo era proibido. Depois de duas audiências públicas em Brasília, lideradas pela extensionista Mara, a proibição foi revogada.
O colostro é uma nova fonte de renda para o produtor, utilizado para múltiplas funções, como alimento humano, componente de medicamentos, de produtos anti-idade, de suplementos para atletas, e outros usos.
“A minha descoberta, de silagem do colostro, não implica em gastos. O produto pode ser guardado em garrafas pet e não necessita sequer energia, pois não precisa refrigeração. Cada dois litros revertem-se em quatro, com o acréscimo de água a 50° C”, explica Mara Saalfeld, confirmando ainda mais a economia ao produtor.