
Paula participa de reunião com governador e CEEE/Equatorial
Fotos: Michel Corvello
A prefeita Paula Mascarenhas e outros nove prefeitos da região participaram de uma reunião com o governador Eduardo Leite e diretores da CEEE/Equatorial, organizada pela Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), na manhã deste domingo (23), no Aeroporto Internacional de Pelotas. Os prefeitos apontaram os inúmeros problemas enfrentados para o restabelecimento da energia e questionaram a forma de trabalho da concessionária, após o ciclone que atingiu a região, no último dia 13.
No encontro, os prefeitos relataram as dificuldades de contato, desconhecimento das localidades por parte das equipes da empresa, apontaram que neste domingo, ainda há comunidades sem energia elétrica e, principalmente, relataram os prejuízos enfrentados por comerciantes e produtores rurais de várias cidades. A prefeita Paula Mascarenhas destacou que os problemas maiores se concentraram na comunicação e na logística e considerou positiva a reunião para alinhar o planejamento, já que novos eventos climáticos severos estão previstos para os próximos dias.
"Em situações deste porte ninguém conhece melhor as comunidades do que as administrações municipais e é preciso melhorar essa integração, estreitando a comunicação com as equipes das prefeituras. Reitero é preciso ser dada prioridade para alguns pontos: acredito que em situações assim as primeiras equipes têm que se deslocar para as estações de tratamento de água e para as estações de sistema de drenagem, a fim de evitar o problema da falta de água e o risco de inundações", observou Paula.
O governador Eduardo Leite resgatou a situação da CEEE antes do processo de privatização que corria o risco de perder a concessão, já que havia um processo de cassação aberto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelo endividamento, o cumprimento de parâmetros, a falta de pagamento do ICMS, entre outros fatores. Entretanto, reforçou que a o atual sistema em que a Equatorial comprou a CEEE, comprou também um conjunto de obrigações e não descartou a possibilidade de sanções.
"É importante ouvir os municípios, pois ficou bastante claro aqui que houve sim uma dificuldade de operação diante de uma situação emergencial. O Poder Público em um processo de privatização não se ausenta, o papel dele é de fiscalização e regulação e se não estiver seguindo o que foi estabelecido, acompanhado pela agência reguladora do estado e se houver descumprimento dos contratos, haverá sim multas e em última análise, pode levar à cassação da concessão por ser um serviço público concedido a uma empresa que precisa atender os parâmetros contratuais", explicou.
Após ouvir todos os relatos o presidente da CEEE Equatorial, Raimundo Barretto Bastos, reconheceu o enfrentamento de diversos problemas, disse que tudo o que ouviu será absorvido para melhorar o planejamento das operações. "No que se refere a cooperação conjunta é algo que, realmente, precisamos e vamos avançar, reconheço que ainda estamos em processo de aprendizagem e que em tivemos em menos de um mês dois fenômenos climáticos de grande intensidade, atingindo Porto Alegre e Litoral Norte e com forte mobilização das nossas equipes. Também é preciso considerar ainda as características das regiões afetadas, como nesta em que temos muitas propriedades rurais, municípios menores com suas particularidades como Arambaré onde tivemos 31 postes derrubados", alegou Bastos.