Em audiência virtual, representantes da Comissão Provisória de Reestruturação do Conselho apresentaram propostas que visam o protagonismo da população negra no planejamento de políticas públicas

Prefeita acolhe pedidos do Conselho da Comunidade Negra

Em audiência virtual, representantes da Comissão Provisória de Reestruturação do Conselho apresentaram propostas que visam o protagonismo da população negra no planejamento de políticas públicas
Por Ascom 05-11-2021 | 13:10:50
Tags: comissão, comunidade negra, conselho, propostas

A prefeita Paula Mascarenhas esteve reunida, na tarde desta quinta-feira (4), com integrantes da Comissão Provisória de Reestruturação do Conselho da Comunidade Negra, em uma audiência virtual solicitada pelo grupo, para apresentar a chefe do Executivo municipal os integrantes da Comissão e propostas que visam o protagonismo da população negra na proposição de políticas públicas

“Quero muito receber essas contribuições. Evoluímos muito, mas admito que ainda há muito a ser feito. Queremos que vocês nos ajudem a perceber onde ainda existem falhas, para que possamos encontrar soluções e pensar a construção conjunta de políticas públicas para essa população”, disse Paula.

A prefeita se disse orgulhosa de tudo o que o Município tem feito, ao longo das últimas décadas, direcionado a esse grupo populacional e recordou importantes avanços, como a criação do Comitê Quilombola, o reconhecimento oficial da cultura Hip Hop e o Dia do Patrimônio temático sobre a Herança Cultural Africana, em 2014. “Com esse evento abrimos um espaço para troca de conhecimentos, debates e reconhecimentos que só se fortaleceu, de lá para cá, e nunca mais abandonamos”, destacou.

Paula adiantou que ainda em novembro, mês da Consciência Negra, será instalado o Comitê de Promoção à Igualdade Racial, um comitê interno do governo municipal com a participação de várias secretarias, “para que haja transversalidade e interlocução mais qualificada com as diversas representações da comunidade negra do município”. 

Legitimado por meio de uma portaria municipal, o grupo apresentou quatro propostas iniciais. Pediu a descentralização das ações do Conselho, a fim de contemplar as comunidades de bairros e vilas periféricos, onde a maioria da população é negra, para que possam conhecer e participar ativamente do Conselho e das tomadas de decisões. Para facilitar o acesso, solicitaram que a Prefeitura permita que as reuniões sejam realizadas em escolas municipais locais. 

Outra sugestão foi a criação de um recorte étnico-racial, pelo Observatório Municipal de Segurança Pública e Prevenção Social, do Pacto Pelotas Pela Paz, a partir do quesito raça-cor – o Conselho se propõe a indicar sugestões para coleta e análise de dados –, para que o município tenha condições de mensurar essa população e projetar e promover políticas de igualdade racial adequadas a Pelotas.

Foi solicitado também que o governo promova uma formação continuada aos professores do município, a fim de potencializar a Lei nº 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. A Comissão representativa do Conselho da Comunidade Negra sugeriu ainda que alguns trâmites sejam desburocratizados, com a intenção de aumentar a participação da comunidade, e pediu apoio na divulgação, para que as ações do Conselho alcancem mais pessoas. 

Participaram do encontro o secretário de Cultura (Secult), Paulo Pedrozo, a gerente de Manifestações Populares da Secult, Helenira Brasil, e representando a Comissão Provisória de Reestruturação do Conselho da Comunidade Negra: Fábio Gonçalves, Juliano Silva, José Francisco Assumpção da Luz, Ledeci Lessa Coutinho, Cláudio Rodrigues, André Luis Pereira e Ricardo Candiota.

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