Sete ao Entardecer Festival tem novas atrações nesta segunda

Nesta segunda-feira (25) ocorre mais uma edição do Sete ao Entardecer Festival 2021, projeto desenvolvido pela Prefeitura de Pelotas por meio da Secretaria de Cultura (Secult). As apresentações virtuais gratuitas, transmitidas nos canais do Youtube da Secult Pelotas e do Sete ao Entardecer começam às 19h, com Davi Batuka, seguido por Guido CNR.

Os músicos

19h - Davi Batuka

Músico multi-instrumentista, produtor fonográfico e técnico de som, Davi Batuka, natural de Santa Vitória do Palmar, desde criança sofre influências sonoras do camdombe, tango, murga, folclore uruguaio, argentino e milonga. Desde 2002 reside em Pelotas e participa ativamente da cena cultural, acompanhando expressões de rua tradicionais, agentes culturais, músicos e artistas. Integra diversos projetos culturais e de formação em bairros de periferia, como os pontos de cultura Outro Sul e Paralelo 33 e Projeto Dunas Rap.
Em 2005 viaja à Europa instigado por instrumentos e sons da percussão árabe, africana e aborígene. Em 2007 grava o disco Ape Rising com a banda portuguesa Quaiss Kitir. Na bagagem física e intelectual no retorno ao Brasil, em 2008, estão instrumentos como didgeridoo, derbak, balafon e djambe. Atualmente é proprietário do estúdio Batuka Records, atuante no mercado fonográfico e audiovisual desde meados dos anos 2000; atua como músico, compositor, técnico de som, produtor fonográfico, criação de trilhas e captação de som para cinema, mixagem e finalização artística de som, desenvolve projetos com coletivos e ONGs locais, e fabrica instrumentos como Balafon, Cajon e Berimbatuka.

Em 2009 lança o Cd Musicomundo. Em 2011 cria o Projeto Organic Groove onde mistura elementos e instrumentos orgânicos de origem árabe, africana, brasileira, com beats e sons da natureza. No trabalho recente Sound System vai nas raízes do sistema de som brasileiro fundindo frequências eletrônicas e groove orgânico.

Trabalha e grava ao lado de nomes da cultura pop e nativista sul rio-grandense e conquistou diversos prêmios em festivais nacionais. Foi técnico de som e diretor de palco em equipes locais dos shows de Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, entre outros. É diretor e produtor musical de discos de diversos artistas locais. No audiovisual participou de produções culturais de expressão e integrou a equipe Moviola Filmes na criação de trilhas e filmes.

19h30min - Guido CNR

Leandro Fagundes, conhecido popularmente por Guido CNR.
Em 1997, no bairro Dunas, iniciou sua trajetória como MC, criando o grupo Consciência Negra Rappers, e posteriormente a Banca CNR, grupo que foi e ainda é uma das grandes referências para a nova geração do Rap em Pelotas. Com pouca estrutura e recursos próprios, montou um dos primeiros estúdios de gravação do Rap em Pelotas, responsável por criar vários MCs renomados atualmente, o que fazia de forma gratuita.

Durante sua trajetória foram 11 discos lançados, além de muitos projetos criados. A partir da execução desses projetos, este ano teve a iniciativa de unir todos eles, criando uma organização da sociedade civil denominada “Rap Salva”. O objetivo é que esta instituição possa agregar todos os projetos desenvolvidos, porém organizando-os de acordo com as características de cada um, sendo eles:
Projeto Natal no Guetto – anualmente era realizado um evento reunindo MCs, grupos e DJs da cidade para arrecadação de brinquedos e alimentos e posterior distribuição nos bairros mais vulneráveis de Pelotas, sempre no dia 25 de dezembro.
Festival Sweet Home – evento público, com realização de shows de diversos grupos e MCs, aberto à comunidade, onde a primeira em 2012 teve o maior público já visto em um evento de Rap na cidade até os dias de hoje, assim como em sua segunda edição. Dentro deste projeto estão incluídos todos os projetos ligados à música e eventos musicais, como o Projeto Poetas do Poço (criado juntamente com o rapper Fill, com o intuito de reunir MC ́s na construção de uma Chypher, lançando as músicas com conteúdo crítico). 

ReViva Rap – Acreditando no Rap como ferramenta de transformação social, este projeto visa a prevenção e a transformação de vidas através da arte. Dentro dele, há vários subprojetos, realizados em lugares diferentes e com públicos distintos, porém todos com o mesmo objetivo: ofertar atividades de interesse do público atendido (crianças, adolescentes e jovens adultos em situação de vulnerabilidade social), unindo música, arte, esporte e cidadania, proporcionando visibilidade e pertencimento.

Sobre o edital

O Edital 0001/2021, publicado em junho, selecionou 35 ações culturais, em âmbito digital e virtual, para compor a programação do Sete ao Entardecer Festival.