Prefeita lança o aplicativo Fico Bem
Fotos Gustavo Vara
A prefeita Paula Mascarenhas lançou, na manhã desta quinta-feira (6) o aplicativo Fico Bem, que tem como objetivo auxiliar no fortalecimento mental e bem-estar dos adolescentes. O lançamento aconteceu no auditório do Parque Tecnológico, com a participação de professores e profissionais de saúde das redes municipais. O aplicativo, contratado pela Secretaria de Saúde (SMS), está sendo oferecido gratuitamente aos estudantes da Rede Municipal de Educação com idades entre 13 e 18 anos.
“A adolescência é um momento muito instigante, mas tantas mudanças acabam gerando angústias nos meninos e meninas, que os professores e famílias tentam atender, mas que um aplicativo feito por jovens para jovens, oferecerá respaldo, respostas e apoio”, avaliou Paula.
A prefeita destacou, ainda, a importância da escola na vida das famílias e que o aplicativo é uma resposta contundente à violência no ambiente escola. “Muito mais do que encher as escolas de seguranças, é importante que sejam estimulados desde a infância a desenvolver a criatividade, a fantasia, a mexer na terra, paralelo aos ensinamentos convencionais, como aprender a escrever”, afirma.
O programa é baseado na psicologia positiva e apoiado nos conceitos de autoestima, autoconfiança e autoimagem. O ambiente do app possui espaço específico para o usuário criar novos hábitos, com metas e incentivo constante para não desistir de atingir os objetivos a que se propõe. O software foi idealizado e desenvolvido pelo pelotense Carlos Alberto Reis Braga, o Carlinhos, enquanto ainda estava Ensino Médio, com a motivação de superar seus próprios desafios, melhorar hábitos e fortalecer a mente, em busca do equilíbrio emocional.
O app possui módulo de interatividade entre os jovens, onde eles podem compartilhar suas experiências e vivências, uns com os outros, anonimamente. Também oferece um diário digital no qual é possível registrar emoções e vivências. Apresenta, ainda, uma área de avaliações baseadas em escalas cientificas próprias para jovens, na qual os usuários podem desenvolver o autoconhecimento.
Acompanhamento e avaliações
A coordenadora da Rede Materna Intanto-Juvenil da Secretaria de Saúde (SMS), Carmem Viegas conta que há algum tempo a equipe da Prefeitura vem trabalhando com a equipe desenvolvedora do aplicativo para adaptá-lo às necessidades da Rede. “Os usuários poderão conversar com outros adolescentes, receber informações e buscar alternativas para problemas comuns da idade, tudo pelo meio mais aceito e utilizado por eles o celular.”
Todo o conteúdo disponível é supervisionado por uma psicóloga e as escolas cadastram os alunos com os dados da matrícula, a partir disso os estudantes estão aptos a baixar e utilizar o aplicativo. O sigilo do que é dito no ambiente do app é garantido, mas conta com um filtro com palavras-chave, para evitar bullying e outras situações de violência.
A secretária de Saúde, Roberta Paganini, enfatizou o pioneirismo da Prefeitura de Pelotas, a ser a primeira a adotar o aplicativo com linguagem jovem, que oferece suporte emocional, em uma parceria entre saúde e educação e, que agora começa a ter seu uso avaliado por escolas em Portugal.
“A vontade do Carlinhos de ajudar a comunidade foi o que mais nos impactou. Criar jovens com senso de coletividade, para uma área como a saúde mental de adolescentes, que vivem uma fase muito difícil, vai ajudar a desenvolver adultos mais saudáveis, que constituirão famílias mais saudáveis e farão uma sociedade mais saudável”, avalia. Roberta diz esperar que os jovens baixem, utilizem e avaliem o recurso.
Se depender da estudante de 13 anos, que faz o oitavo ano no Círculo Operário Pelotense (COP), Valentina Fernandes Doro, isso vai acontecer. Ela conta que conheceu o aplicativo na última segunda-feira (3) e adorou – “vai ser bem útil, vou usar bastante”, disse.
Além do suporte emocional, a secretária de Educação e Desporto (Smed), Adriane Silveira, elogiou a proposta de direcionamento dos projetos e enfrentamento das situações que surgem nas vidas dos estudantes, especialmente no pós-pandemia, quando a os adolescentes vivem uma fase ainda mais difícil.
