
Prefeitura e UFPel ouvem usuários para qualificação de Cras
Fotos; Michel Corvello
Equipes da Prefeitura e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) começaram a ouvir crianças e adolescentes que utilizam os serviços do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) São Gonçalo, além de seus pais e servidores, para definir o projeto do espaço de convivência comunitária e de lazer ao ar livre, que será montado em parte do terreno. O primeiro encontro foi na manhã desta quinta-feira (25) no Cras.
A proposta da parceria é otimizar um espaço de 1.400 metros quadrados, que hoje está subutilizado. As crianças foram estimuladas a dizer como querem que seja a praça. “Podem dizer o que quiserem, podem viajar. Não queremos que, quando estiver pronto, vocês digam que está legalzinho. Queremos que digam como é o lugar ideal para vocês usarem de verdade”, enfatizou o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen.
Entre os pedidos apresentados, estão de uma pracinha convencional e com brinquedos especiais, com balanços em círculo e gira-gira, pontes, pula-pula, pista de skate, areia, amarelinha, espaço para rodas de conversa e de chimarrão, bancos, lixeiras, chafariz, quadras esportivas e árvores.
Dentro do projeto estará, prioritariamente, composteira, horta vertical, pomar, banco de sementes ou mudas, para que possam ser criadas hortas nas casas da comunidade, assim como brinquedos interativos e acessíveis para pessoas com deficiência. A praça também será uma alternativa de espaço de descanso e interação para os pais.
O professor do Centro de Engenharias da UFPel, Maurízio Silveira Quadro, diz que o primeiro momento será para aproximar a equipe do Programa de Educação Tutorial (PET) da Engenharia Agrícola e o Cras, para que conheça a rotina, expectativas e necessidades. Depois, serão avaliadas as possibilidades de a Prefeitura executar, para fazê-lo dentro da realidade econômica do município. Quando a primeira versão estiver pronta, será submetido à comunidade para que sejam feitos os ajustes.
A versão final do projeto deve ser concluída em dois meses. Depois, se inicia o prazo de orçamento, busca de recursos e licitação para as obras, que podem começar ainda em 2023. Para Quadro, o objetivo é tirar as crianças e adolescentes das ruas e leva-las para equipamentos públicos para que desenvolvam noção de cidadania.
Após concluída a obra, a área estará aberta a toda a comunidade durante o horário de funcionamento do Cras, e a ideia é que os alunos de uma escola estadual e uma municipal de educação infantil (Emei), que dividem o muro com a futura praça, também a utilizem.