Após quase uma década, Prefeitura volta a ficar em dia com fornecedores e prestadores de serviços
A Prefeitura liquida nesta semana os débitos com fornecedores e prestadores de serviços referentes a julho, agosto, setembro e outubro deste ano. Assim, nos primeiros 11 meses da atual gestão, a administração municipal volta a ficar em dia com esse tipo de credor pela primeira vez em quase uma década - desde 2016. Em agosto, o governo havia liquidado 14 meses de dívidas acumuladas referentes a novembro e dezembro de 2023 e aos 12 meses de 2024. O total pago em receitas livres (recursos próprios da Prefeitura) no governo Fernando Marroni passa de R$ 10 milhões - R$ 6,8 milhões referentes aos restos a pagar de 2023 e 2024, e R$ 3,3 milhões desembolsados no atual exercício fiscal (2025).
“As contas estão rigorosamente em dia”, celebra o prefeito. “Era o nosso calcanhar de Aquiles”, admite ele.
Em dia com fornecedores e prestadores de serviços, a chamada fonte “1.500”, a gestão poderá estabelecer um calendário de pagamentos com periodicidade regular, perspectiva que torna o cenário bem mais otimista. Conforme o secretário da Fazenda, Fábio de Souza Silva, desta forma a Prefeitura poderá ter acesso a preços em média até 30% mais baratos. A medida impacta também o mercado, principalmente os pequenos empreendedores com relação econômica com a Prefeitura. Esse contingente, que fornece material de limpeza, de consumo e presta serviços de manutenção, entre outras atividades, passará a contar com previsão de pagamento de até 45 dias. “O fornecedor ou prestador de serviço que trabalha com a Prefeitura vai saber exatamente quando vai receber, diferentemente do que vinha acontecendo”, afirma.
Ainda de acordo com o titular da Secretaria da Fazenda, a Prefeitura não fez mágica para alcançar esta condição. Com o decreto que em janeiro deste ano instituiu o Comitê de Controle da Gestão Orçamentária e Financeira (CCGof), que conta com participação do prefeito Fernando Marroni, a gestão reduziu drasticamente custos com carros alugados, aluguéis de imóveis, repactuou contratos imobiliários e estabeleceu um rígido controle de despesas e de fiscalização sobre gastos com combustíveis e autopeças, entre outros itens que oneravam os cofres públicos do município. “Isso fez com que reduzíssemos despesas, ampliando nossa capacidade financeira e sem aumentar um centavo de imposto”, assinala Fábio de Souza Silva.
Mais de R$ 60 milhões em 11 meses
A atual gestão tomou posse em 1º de janeiro deste ano com uma herança em restos a pagar de R$ 97,54 milhões. Com o pagamento a prestadores de serviços e de ,a Prefeitura já quitou em 11 meses R$ 63.126.281,29 do total do passivo, composto também por custos de precatórios, juros bancários, folha de dezembro de 2024, dívidas previdenciárias e outras despesas.