Prefeita foi palestrante no simpósio do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. A experiência partidária e a violência política contra as mulheres foram temas abordados

Paula debate participação feminina na política em evento do TRE

Prefeita foi palestrante no simpósio do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. A experiência partidária e a violência política contra as mulheres foram temas abordados
Por Marina Amaral 20-07-2022 | 17:51:39
Tags: mulheres na política , participação feminina , violência política , tre-rs

Nesta quarta-feira (20), a prefeita Paula Mascarenhas foi uma das palestrantes do simpósio “Participação feminina na política e violência política contra as mulheres”, promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), por meio da Escola Judiciária Eleitoral (EJERS) e sua Comissão de Participação Feminina Institucional. O evento foi em Porto Alegre, e teve como objetivo informar e sensibilizar quanto à temática, além de estimular a participação do público feminino na política e processo eleitoral.

“Desde que me elegi prefeita em Pelotas, a primeira mulher depois de 204 anos, me reelegi e acho que cumpri bem meu papel, mas não me esqueço disso: ainda tenho dois anos e meio pela frente e tenho que terminar bem para poder deixar essa ideia de que é possível. Uma mulher pode fazer um bom trabalho e é digna de representar a sociedade”, destacou a gestora municipal. 
Fotos: Laura Trápaga

Dentre as autoridades e palestrantes do evento, estavam presentes o presidente do TRE-RS, desembargador Francisco José Moesch, a vice-presidente e corregedora, desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, e a diretora-geral, Ana Gabriela Veiga.

A experiência partidária e medidas afirmativas para maior participação feminina

A apresentação da chefe do Executivo pelotense mostra que, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Alziras, no Brasil, as mulheres são 51% da população, mas não governam, e representam 12% dos municípios; as negras são, respectivamente, 28% e 4%. Os homens seguem no comando de 88% das prefeituras do país. No Rio Grande do Sul, 106 municípios são comandados por mulheres, o que representa 9% das cidades do Estado.

Em relação à experiência de gestão do público feminino, 70% das mulheres já ocuparam cargos de confiança, sendo a maior parte delas como secretárias nas pastas de Educação, Saúde e Assistência Social. Quarenta por cento das entrevistadas já foram aprovadas em concurso público, mais da metade, 51%, como professoras. Além disso, 43% já participaram de Conselhos de Políticas Públicas.

A decisão que garantiu às campanhas de mulheres pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário, além do tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão, foi considerada importante por 90% das entrevistadas. Isso vai ao encontro do principal obstáculo citado para ser uma mulher na política: a falta de recursos para campanha. O desmerecimento do seu trabalho ou de suas falas e o assédio e violência no espaço público vêm em seguida.

As informações trazidas por Paula também mostram que 58% das prefeitas afirmam já ter sofrido assédio ou violência política pelo fato de ser mulher, o que configura a violência política de gênero. “A violência política contra a mulher por muito tempo foi naturalizada, a ponto de as mulheres não se darem conta”, pontuou. A divulgação de informações falsas e ataques, ofensas e discurso de ódio nas redes sociais foram os tipos de violência mais frequentes registrados por mulheres na campanha eleitoral de 2020.

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