Prefeitura busca soluções para imóveis da Estrada do Engenho
O secretário de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), Marcos Ferreira, esteve na Estrada do Engenho, na manhã desta terça-feira (23), acompanhado dos representantes da empresa contratada para a construção de 40 imóveis no local. O objetivo era ouvir os moradores que reivindicam reparos nos imóveis entregues em janeiro de 2024, e cobrar da empresa a retomada as obras em cinco imóveis não concluídos.
Moradoras das casas com problemas na construção dizem que desde a entrega das casas buscam uma solução, mas que não foram atendidas. “O papel da Secretaria de Habitação é acompanhar aqui o drama que estão vivendo os moradores, seja pelas infiltrações, seja pelos problemas de drenagem, seja pelo problema no esgoto. Nós fizemos esse diagnóstico, vamos encaminhar a todos os outros departamentos municipais, para que a gente busque uma solução conjunta”, garantiu o secretário. “Também notificamos a empresa responsável pela obra, porque está no prazo de garantia, então eles precisam executar. Nós vamos apertar para que eles concluam a parte deles, e deixem todas as casas em condições para as pessoas viverem com tranquilidade”, afirmou.
Imagens - Manuela Santos/Secom
Ferreira disse que vai envolver o Sanep, para que avalie a situação do sistema de esgoto, para eliminar as fossas que frequentemente transbordam, gerando mau cheiro e alagamento nos pátios das casas. Ele também vai procurar as secretarias de Qualidade Ambiental (SQA) e de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui), pois os moradores afirmam que o projeto previa a pavimentação das vias com blocos intertravados, os uni-stein, e a criação de uma praça com equipamentos, o que nunca aconteceu.
A empresa se comprometeu em solucionar o problema das infiltrações com a cobertura da área das caixas d’água e, se necessário, trocar a parte de funilaria.
Arlinda Borges, que mora no local desde a entrega das casas, quando a família foi transferida das margens do canal, conta que quando lava roupas, precisa levar a água em baldes para o meio fio, para que a fossa não transborde. “Se vocês forem olhar o esgoto lá atrás, tá tudo transbordando, um loteamento novo, recém feito, e as pessoas estão apavoradas, querendo ir embora, não tá certo isso”, disse a moradora. Ela enfatiza que é um loteamento de idosos e crianças, o que torna a solução uma necessidade ainda mais urgente.
Sobre as casas inacabadas, duas das cinco foram ocupadas, por isso ficou combinado, entre a Secretaria e a construtora, que as obras das outras três será retomada na próxima segunda-feira (29), e a situação das casas ocupadas será discutida com a Procuradoria Geral do Município, para a reintegração de posse pela Prefeitura e entrega às pessoas que foram selecionadas para ocupá-las. Após a reintegração, será avaliada a situação das duas famílias que estão vivendo no local, que poderão serão incluídas em programas habitacionais do Município. A previsão é de que as casas possam ser entregues em quatro meses, se o tempo estiver estável.
Imagens - Manuela Santos/Secom
Um dos contemplados com as casas ainda não entregues, João Carlos Cabistany, diz esperar recebê-la em breve. Ele conta que ficou viúvo em agosto, sem poder ter se mudado com a mulher. “A gente tá esperando há quase dois anos e meio. E a gente tá na expectativa de conseguir, porque a gente está morando lá no banhado, às vezes dá enchente lá e a gente perde tudo. Perdi a geladeira, tudo, perdi tudo. E a expectativa é que a gente consiga, né? Porque é fora da água, não tem perigo de enchente. É um lugar bom, é um lugar ótimo. E os vizinhos são tudo coisa boa.
O secretário marcou uma reunião com a comunidade para a próxima semana.
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