Iniciativa do Município não tem limitação de idade e visa dar novas perspectivas de vida para crianças, jovens e adultos com mobilidade reduzida

Prefeitura cria projeto de paratletismo para deficientes físicos

Iniciativa do Município não tem limitação de idade e visa dar novas perspectivas de vida para crianças, jovens e adultos com mobilidade reduzida
Por Autor desconhecido 28-08-2019 | 17:52:20
Tags: paratletismo , desporto , arremesso de peso , lançamento de dardo , projeto , pessoa com deficiência , paradesporto

Superação é a palavra-chave que norteia o projeto de paradesporto da Prefeitura, lançado neste mês em Pelotas. Pela primeira vez, a cidade terá uma equipe de atletismo paralímpico e, mais do que isso, oferecerá a crianças, jovens e adultos, com algum tipo de deficiência motora, novas perspectivas de vida através do esporte. Um banco específico para a prática de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco foi construído pelo Município para viabilizar o projeto e oferecer mais segurança aos participantes. 

Aulas de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco não têm limitação de idade - Fotos: Michel Corvello

As aulas gratuitas vão ocorrer em dois núcleos – no Parque da Baronesa e no Parque do Sesi, sempre nas segundas e sextas-feiras – e são voltadas a pessoas com deficiências físicas, como paraplegia, hemiplegia, paralisia cerebral e amputação. 

“A ideia é valorizar e dar esperança a essas pessoas para que façam algo novo e transformador. Queremos que o esporte seja o instrumento que as façam ter uma vida mais alegre, saudável e com mais autoestima”, explica a idealizadora da proposta e classificadora funcional do Comitê Paralímpico Brasileiro, Kátia Berni. 

Nesta quarta-feira (28), o banco – que foi concebido de forma semelhante ao utilizado em competições oficiais – foi lançado oficialmente na tarde esportiva promovida pela 20ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, no Cerenepe. A timidez inicial dos participantes, aliada à curiosidade sobre o novo equipamento, logo deu espaço a exclamações de comemoração, aplausos e sorrisos. O motivo: diversos exemplos de superação e determinação.

Um dos primeiros a experimentar a cadeira adaptada foi Sidnei Fagundes, vice-presidente do Conselho Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência e Alta Habilidade. Melhor do que assistir às Paraolimpíadas na televisão – programação sempre acompanhada por ele –, é vivenciar, na prática, a experiência esportiva. 

Sidinei foi um dos primeiros a experimentar o banco idealizado pelo Município - Foto: Michel Corvello
“Isso mostra para a sociedade que nenhuma limitação impede a vida e também que conseguimos nos superar. O projeto é maravilhoso porque auxilia as pessoas com mobilidade reduzida que têm uma vida sedentária”, afirma Fagundes. 

Divulgação nas escolas

A Prefeitura tem percorrido as escolas municipais para apresentar as funcionalidades do banco de paratletismo, atraindo ainda mais crianças e jovens para o projeto. A partir de mapeamento feito na rede municipal de ensino, identificou-se que 312 alunos possuem algum tipo de deficiência motora e estão aptos para ingressar na atividade. Professor do Município e técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro, Huibner Machado, salienta que a prática, além de beneficiar a saúde física dos participantes, terá grande impacto no aspecto da sociabilidade, além de dar novas perspectivas como a participação em competições municipais e estaduais. 

Alunos do Município estão sendo apresentados ao projeto - Foto: Divulgação/Smed

Da invisibilidade à valorização 

Para a presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, Brandina Buttow, o projeto é uma ferramenta para enfrentar a invisibilidade social e valorizar estas pessoas. “É uma oportunidade para se relacionarem, se divertirem e terem mais autonomia. O esporte é democrático e, além de fazer com que se exercitem fisicamente, também é uma prova do quanto são capazes”, enfatiza. 

O banco, construído em parceria entre as secretarias de Educação e Desporto e de Obras e Pavimentação, foi elaborado a partir de materiais reaproveitados, garantindo o princípio de sustentabilidade. O auxiliar operacional Maclaudio da Rosa foi o responsável por desenvolver o equipamento.

O que: projeto de paratletismo, com aulas de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco

Quem pode participar: crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência física, como paraplegia, hemiplegia, paralisia cerebral e amputação

Quando e onde será realizado: nas segundas e sextas-feiras, das 9h às 9h45min, no Parque da Baronesa, e das 16h às 16h45min, no Parque do Sesi.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3284-2621 ou pelo e-mail para atletismopelotas@gmail.com.

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