Estudo prevê implantação da estrutura no município, às margens da BR-116

Prefeitura projeta distrito logístico para transporte de cargas

Estudo prevê implantação da estrutura no município, às margens da BR-116
Por Roberto Ribeiro 30-09-2025 | 10:35:42
Tags: Logística , Infraestrutura , Desenvolvimento

Técnicos da Prefeitura na área de engenharia, arquitetura e logística desenvolvem pré-projeto para dotar o município de um distrito logístico voltado de forma exclusiva para o transporte de cargas pesadas, às margens da BR-116. A ideia é criar um espaço multifuncional, capaz de unir uma área de transbordo e manobra de caminhões, um ponto de parada para caminhoneiros e serviços logísticos diversos. 

De acordo com o prefeito Fernando Marroni, a proposta integra um esforço inicial para estruturar o setor logístico local, com direito a melhores condições de trabalho para os profissionais da estrada e à busca por soluções sustentáveis para a mobilidade urbana de Pelotas. O chefe do Executivo garante também que a iniciativa nada tem de impraticável - ao contrário: está alinhada à política nacional de Pontos de Parada e Descanso (PPD), do Governo Federal.

 “Busca atender à crescente demanda por infraestrutura adequada para motoristas profissionais e para o transporte rodoviário de cargas que cruza diariamente nosso território”, explica o chefe do Executivo do município. 
Veículo de carga circula pela avenida Fernando Osório, zona norte de Pelotas. Técnicos da Prefeitura desenvolvem atualmente um pré-projeto para dotar o município com um distrito logístico para caminhões e carretas (Fotos: Volmer Perez/Secom)

Conforme ele, além da concepção do projeto, a Prefeitura avalia diferentes possibilidades de localização para a instalação do empreendimento, considerando aspectos logísticos fundamentais, como acessibilidade, viabilidade ambiental, conexão com rodovias e infraestrutura existente.

Marroni lembra que Pelotas ocupa posição estratégica no sul do país, servida por importantes rodovias federais – BR-116, BR-392 e BR-293 – que ligam o Porto de Rio Grande à fronteira com o Uruguai, à capital do Estado e às regiões centrais do Brasil. 

“Apesar de toda essa relevância logística, a cidade ainda não conta com um espaço estruturado para apoio aos caminhoneiros, nem com um ponto de parada reconhecido no mapa nacional de descanso”, afirma o prefeito, justificando a necessidade de investir neste tipo de infraestrutura.

Além de oferecer melhores condições de repouso, segurança e bem-estar aos profissionais do transporte de cargas, o estudo deverá agregar no parque logístico espaços para a oferta de serviços complementares, como oficinas, borracharias, postos de abastecimento, restaurantes, pequenas concessionárias e unidades de atendimento básico à saúde e orientação profissional.

Vantagens

Contar com essa estrutura, segundo o prefeito, só trará benefícios ao sistema viário da zona urbana de Pelotas. O chefe do Executivo municipal discorre: “Vai reduzir de forma significativa a circulação de caminhões pesados em áreas sensíveis, diminuir acidentes viários em áreas escolares e residenciais, prolongar a vida útil do pavimento urbano, melhorar o fluxo de trânsito no perímetro urbano e baixar a emissão de poluentes e ruídos.”

Mas não apenas: para o prefeito, esse tipo de infraestrutura tem potencial para impactar a economia, com o estímulo à geração de empregos no setor de transporte e serviços e à atração de negócios logísticos e comerciais - além do que representa no fortalecimento da gestão pública em mobilidade urbana e logística.

O estudo está sendo conduzido pela Prefeitura, por meio das secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag), Urbanismo (Seurb) e Transporte e Trânsito (STT). Depois de concluído, será apresentado ao Ministério das Cidades e ao Ministério dos Transportes para análise e eventual apoio federal. 

Estrutura

Atualmente, técnicos da Prefeitura avaliam possíveis locais para implementação. Com cerca de cinco mil metros quadrados de área total estimada, o projeto em estudo prevê:

3 mil m² para pátio de manobras e estacionamento de veículos pesados;

300 m² para edificações de apoio (administração, sanitários, refeitório);

1.200 m² para vias internas, recuos e acessos;

500 m² para áreas verdes e compensação ambiental.

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