
Obras do Gatil Municipal estão em andamento
As obras de construção do Gatil Municipal, iniciadas no começo de dezembro de 2019, atendendo à licitação na modalidade Convite, número 07/2019, estão em pleno andamento, com 30% do projeto executado. O Gatil será uma unidade do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SMS). Conforme o projeto, as dependências terão 26 metros quadrados e funcionarão junto às instalações do Canil Municipal, de acordo com informações da arquiteta Michele Souza Bastos.

Futuro Gatil Municipal funcionará junto ao Canil - Foto: Marcel Ávila/Arquivo
O investimento de mais de R$ 57 mil, com recursos próprios do Município, garante o espaço com dois gatis coletivos – um para machos e outro para fêmeas -, mais quatro baias individuais e um módulo com capacidade para três felinos. As sete vagas serão para animais em tratamento contra Esporotricose.
Explicações técnicas
De acordo com a chefe da Vigilância Ambiental, veterinária Isabel Madrid, o Gatil vai atender, especificamente, gatos de rua que apresentem casos de Esporotricose (zoonose). Trata-se de uma doença causada por fungos e pode ser transmitida por gatos a humanos e outros animais, por meio de arranhões ou mordidas. Depois do tratamento, os felinos serão encaminhados à castração e aguardarão adoção. Não havendo, serão devolvidos às ruas, aos locais de onde foram retirados.

Depois de tratados e curados, gatos serão castrados, disponibilizados para adoção ou devolvidos às ruas - Foto: Michel Corvello/Arquivo
Doença e contaminação
Os fungos da Esporotricose vivem no solo, em plantas e em madeira. Segundo material de divulgação do Centro de Zoonoses, esta micose afeta a pele das pessoas e animais, principalmente de gatos, podendo disseminar-se e alcançar, em casos raros, articulações, ossos, pulmões e outros órgãos. A doença pode ser adquirida por meio de ferimentos na pele, causados por felpas de madeira, espinhos e material vegetal contaminado.
Em humanos, as feridas são mais frequentes nas mãos e braços e assemelham-se a picadas de insetos e aranhas ou furúnculos. Em gatos, a cabeça e as patas são os locais mais afetados, especialmente o nariz. Os felinos com Esporotricose espirram com frequência e apresentam dificuldade para respirar. Em cães, a doença não é tão grave e costuma ocorrer no focinho.
Tratamento e cura
A Esporotricose tem tratamento e cura. É preciso suspeitar de gatos com feridas de brigas ou com aparência de queimaduras. Contato com o Centro de Controle de Zoonoses pode ser mantido pelo (53) 3284.7731, ou pelo e-mail cczpelotas@gmail.com.
Pessoas que mantiveram contato com gatos doentes e estão com feridas na pele, caroços e dor, principalmente nas mãos ou braços, devem procurar atendimento médico para receber o tratamento adequado.
Prevenção e controle
O Centro de Zoonoses repassa as seguintes dicas:
- Isole e trate os animais doentes.
- Não permita o livre acesso dos animais a ambientes externos e a outros animais.
- Não enterre cadáveres de animais com suspeita ou com esporotricose confirmada. Animais que morrem com esta doença devem ser incinerados.
- Utilize luvas e vestimenta adequada durante o manejo com animais doentes ou com suspeita da micose.
- Castre seus animais, especialmente os felinos machos.
- Se você for arranhado ou mordido por um gato doente, lave o ferimento, procure atendimento médico e informe o CCZ.
- Se o seu gato apresentar feridas na pele que não cicatrizam, procure atendimento veterinário.